domingo, 22 de agosto de 2010

The Story of Anvil. Ou, "uma lição de perseverança, humildade e amor ao Heavy Metal.




Assisti hoje ao documentário "The Story of Anvil".

Voltando à minha infância. Quando comecei a ouvir metal, logo depois de Kiss, conheci Iron Maiden. O Maiden é responsável pela grande mudança que minha vida sofreu. Mas, três bandas foram responsáveis por despertar aquela paixão que sinto pelo Metal: Saxon, Running Wild e Anvil.

O Saxon foi o responsável por me mostrar que existiam mais bandas importantes na Inglaterra (AngelWitch, Demon, etc.) e o Running Wild me mostrou como é possível criar músicas poderosas, com riffs de guitarras inesquecíveis e tocantes. Tudo isso com aquela veia underground, já que a Running Wild nunca teve destaque no "mainstream".

Agora, a Anvil.
Ouvi na casa de um amigo dois discos deles: "Metal on Metal" e o "Forgged in Fire".
Fiquei perplexo. Aquilo era lindo! Um disco pesado, maravilhosamente tocado e transbordando Metal. Steve "Lips" um excelente frontman e talentosíssimo guitarrista e Robb Reiner, destruindo seu kit de bateria. E muita gente pergunta porque fui parar na bateria na primeira demo. Um baterista injustiçado, pois possui muito mais que apenas "feeling", possui uma técnica incrível.

E, com Anvil, descobri aquela que também é minha grande paixão: o Metal Canadense. Bandas como Piledriver, Slaughter, Exciter tornaram-se "habitués" de meu toca disco.


(Anvil, na época do Metal on Metal)

Mas, voltemos ao documentário.

Chega a ser triste demais ver que Lips está trabalhando como entregador de merenda infantil enquanto Robb Reiner é um operário da construção civil. Ambos com 50 anos, usam a Anvil como fórmula de escape da árdua situação em que vivem.

E, com a ajuda de uma agente despreparada, vibram com a possibilidade de algumas datas na europa.
Porém, esta felicidade logo se torna um pesadelo, já que todo tipo de situação humilhante é vivenciada pela banda: de shows para três pessoas (TRÊS!!!!), até mesmo não receber por alguns shows são constantes para uma banda que chegou a ser "Headliner" (a banda principal de um festival), tendo como abertura Metallica, Slayer, etc.

Mas, este não é grande atrativo do documentário. Nunca é legal ver seus ídolos passando por tal situação.

O que me emocionou foi ver o grau de amizade entre os dois membros fundadores (impossível não se emocionar com a felicidade e os problemas que ambos enfrentam pelo sonho que possueu), o tamanho da perseverança que ambos possuem, o ideal que os une, a humildade dos dois, já que no mesmo momento em que estão dando autógrafos para fãs, saem correndo atrás de outros membros (menores, até) da cena metálica, mas que são encarados como estrelas por ambos.

E, principalmente, o amor pelo Heavy Metal e o papel importante que a família exerce em tudo isso. É inegável o papel que a mulher, a família e filhos exercem sobre o homem. Por mais independente que seja, um homem precisa ter um suporte. E ambos possuem. Famílias que vivem este sonho, mesmo sabendo que ambos nunca terão sucesso, nunca terão dinheiro.

Mas que só serão felizes juntos. Com Lips nas guitaras e Reiner destruindo tudo lá atrás, na bateria.

Não dá pra dizer muito.
Assista. Não importa se você é fã de Heavy Metal ou não suporta música pesada (ou como alugmas pessoas insistem: "Roque pesado" ou "Roque pauleira"), assista!

É um documentário curto, que mostra o quão importante para o ser humano é o poder da amizade e a obstinação em perseguir seus sonhos.

E como diz Lips: "A música é eterna. Não importa se vender dez ou um milhão de discos. O importante é que eu fiz aquele que, pra mim, é o melhor álbum que existe."

Quem pode discordar?

"Keep on rockin
Keep on rockin
To this metal tonight..."
(Metal on metal)

Eu comunico, tu comunicas, ele comunica...




Acho que uma das maiores virtudes do ser humano é o dom da comunicação.
E também, a sua maior desgraça.

Dou muito valor a quem consegue se comunicar...
Não importa como. Não importa por qual maneira de linguagem.
Não importa.

O importante é demonstrar seus sentimentos. Tanto os mais claros, como aqueles bem escondidos. Reprimidos.
Lembro que quando era pequeno, morei um tempo em Minas Gerais.
Interior mesmo. E meu pai tinha algumas pessoas que trabalhavam pra nós. Humildes mesmo. Não eram agraciados com energia elétrica, saneamento básico, nada. Nunca estiveram fora daquela cidade e o agente influenciador de opiniões, para eles, eram duas pessoas: o pároco local, que mandava ideologicamente e meu pai, que representava o poder. Para eles.

Eu era menino. Deveria ter uns seis anos. Sete, no máximo. Mas lembro-me com perfeição. Aguardava ansiosamente as seis horas da tarde, todos os dias. Essa era a hora em que terminavam o serviço e, enquanto se preparavam para ir embora, contavam "causos" sensacionais, regados a muito bolo e café com leite preparados pela minha mãe.

Como eu viajava naquelas palavras. Era a história do Tião do Mato que, sozinho, encarou uma onça que habitava solitariamente o alto das montanhas. Ou do João de dona Zefa, que num jogo de futebol da cidade, foi atingido por um raio e marcou quatro gols em seguida. Como me esquecer do Zé Afonso, que conseguia vir correndo e dar uma cabeçada em um boi (nunca vi, mas ele me dizia que fazia isso todos os dias ao acordar). Velho Vicente Aleixo, que contava todos os capítulos das radionovelas que ouvia quando era menino.

E quando chegava a sexta-feira?
Ao término da "labuta", havia o tradicional futebol no terreiro...
Atravessava a noite. Uma algazarra só. Todos jogavam. Desde um menino pentelho, ranhento e extasiado como eu, até mesmo um senhor todo encurvado, banguela, mais de 80 anos, como Tonico de Dorinha.
E a festa era uma só. Todos gritavam, corriam. Um sanfoneiro alegrava a todos a noite inteira.
As mulheres vinham chegando ao cair da noite e, assim que terminava a ultima partida, o campo se transformava em uma grande pista de dança.

Uma vez, em uma sexta-feira arquivada no tempo, eu estava jogando em um dos times. Não me lembro ao certo, mas acho que era jogo importante. Quase meia-noite. Eu ali, correndo pra lá e pra cá. Hoje, vejo que estava apenas fazendo número no time. Mas estava radiante.
E no final, penalti para o meu time. Finalzinho de jogo. Um jogo tenso. Pra minha surpresa, o Zé Geraldo pegou a bola e veio em minha direção... "Toma toquinho (nossa, nunca mais ninguém me chamou de toquinho), bate que a gente vai ganhar!!"

"Eu vou errar. Não sou como você." disse.
"Não. Você não é como eu. Você é melhor do que eu."
"Não sou não. Eu queria é ser como você"
"Você, um dia, será melhor que eu. Sei disso. Mas agora pega a bola. Conta seis passos, bate com a parte interna do pé. A bola vai fazer uma curva pra fora, tirando o goleiro da jogada."

Pura física.
Momento de gênio para alguém que nunca estudou na vida.

Mas sabe, como um "doutor", se comunicar.
Usar as palavras.
O corpo.

Sabe sorrir.

PS: Estive em Minas há pouco tempo. Fazia muito tempo que não ia lá. Revi muita gente. Outras, só consigo rever em meu coração, já que estão contando causos em algum lugar do céu.
E revi também o Zé Geraldo. Pais de três filhas lindas, os primeiros cabelos brancos aparecendo... Mesmo sorriso. Mesma gargalhada. Mesmas histórias...

É Zé... Nunca serei melhor que você.

PS2: Ah, foi gol. Acho hoje que o goleiro deixou. Mas não importava isso na hora. Comemorei como final de Copa do Mundo...

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

E o improvável, aconteceu...



Não sou uma pessoa que costuma remexer. Revirar. Desenterrar.
Não.
"A vida é feita de ciclos."
Quando estes ciclos terminam, impossível tentar reabrí-los. Pelo menos pra mim.

Mas...
Exceções também existem.
E aqui está a prova viva disso.

Sei lá quanto tempo se passou. Meses? Anos? Décadas?
Enfim, estou de volta a este blog.
Não reli nada que havia escrito. Com certeza, aquele "Aghehost" já não existe mais.
Hoje um novo existe. Mais forte. Poderoso. Com muito mais bagagem.

Porém, ainda invadido pelos medos de sempre. Uma "segura" insegurança que teima em aparecer nos momentos mais inusitados.
Não é de todo ruim.
Afinal, aquela venha chama nos olhos, sedentos por aventura, também permanece.

Não se assuste.

Apenas arrume-se na cadeira,

O show vai começar...

Sejam (re)bem-vindos!!!

terça-feira, 14 de julho de 2009

dias frios......

Como tem feito frio ultimamente....
Um frio avassalador: Que congela o corpo, a mente e a alma.

Mesmo assim, maravilhoso!!!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

doce retorno......

Pois é... semestre findado.... aulas encerradas, trabalho enlouquecedor...
E continuo vivo....
E perdemos o Michael.....
E estamos a uma noite de saber se o (glorioso) Corinthians será campeão da Copa do Brasil......

Quanta coisa acontece em um mês de ausencia, não???

obrigado pelo retorno......
Estamos de volta pra cuidar melhor dessa tão importante casinha.......

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Maio.....

Nossa...
Que mês difícil... O pior trabalho da faculdade até agora. Alguns serviços pesados no trabalho. Dormindo uma média de duas horas por noite (inclusive finais de semana)....

Mas está passando... acabando.
Como tudo na vida, acaba.

E, não foram apenas espinhos...
Conheci algumas pessoas interessantes neste mês.
E, dentre essas, uma se destaca.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Duas das piores coisas do mundo......

Primeira pior coisa do mundo: Celulares.
Segunda pior coisa do mundo: Esperar o celular tocar...

E ele não toca.